Entrevista Com Autor Nuno Rebelo

Entrevistamos o autor brasileiro Nuno Rebelo, criador da saga Chicote. Nela Nuno fala sobre seu livro, as dificuldades de se publicar um livro no Brasil, fala sobre o mercado literário braseiro e muito mais!!! Confira abaixo:

1)O que te levou a ser um escritor?

O fato de sempre ler muito e ter prazer em escrever, aliado a uma boa imaginação.

2) De onde surgiu a idéia de escrever um suspense policial como “chicote”?

Da percepção, por experiência própria, de ser a curiosidade um forte motivador para ler -se a página seguinte. 

Assim, utilizei a curiosidade por saber quem "matou" e por quê, para incluir o conteúdo que gosto de externar, como: política, comportamentos humanos, tramas, cobiça e pequenas filosofias em forma de questionamentos dos personagens.

3) De onde surgiu a idéia para a história do livro?

Assim como todos os livros, começo com uma ideia central, contudo, não tenho roteiros. À medida que escrevo, a imaginação vai me conduzindo.

Claro que, leituras passadas devem ter-me inspirado mesmo que inconscientemente.

4) Por quais dificuldades você passou para conseguir publicar o primeiro livro da saga?

Na verdade não tive dificuldades, pois foi publicado por uma editora de porte pequeno (que já havia publicado outro livro meu 'Civilizado Homem Selvagem'. 

Contudo, percebi que as grandes editoras dão pouquíssimo espaço para autores brasileiros e iniciantes.

5) Que tipo de público-alvo você quer atingir?

Jovem / Adulto.

Minha obra tem percepções históricas, filosóficas, violência e, eventualmente, sexo (tratado com elegância, mas tem). À obra torna-se eclética, pois aborda questões atuais, do cotidiano e urbanas.

Realidades que as pessoas vivem ou vivenciam. Além disso, alguns personagens são interessantes e agradam o leitor, em especial a dupla Grego e Romano, os dois policiais das tramas.

6)Como você vê o reconhecimento do público frente a uma obra nacional?

Quanto ao reconhecimento, recebo sempre com satisfação, pois compartilho com o leitor ideias, desejos, ansiedades e histórias de vida.

É-me sempre motivo de festa, inclusive as eventuais críticas ou frustrações por determinados rumos das histórias.

7) O que acha da maneira mais informal que utilizamos hoje em dia nas redes sociais?

Embora eu estranhe, não vejo problema. Pois trata-se de meio de comunicação mais rápido, sem imposição de formalismos. Contudo, há problema quanto ao nível educacional do país,  que torna-se perceptível nas redes sociais. Porém, a culpa não está nas redes sociais e no informalismo, mas sim na falta de políticas robustas de educação e conscientização da necessidade de cultivar-se o hábito da leitura. A leitura é ato isolado, solitário e lento, portanto, numa sociedade imediatista e superficial, o livro não é atrativo.

8) O que você acha do mercado literário brasileiro?

Ele é ótimo e continua vendendo bem.

Contudo, é pouco acessível para autores novatos de pouca expressão. 

À avaliação, comumente é comercial, não importando a qualidade da obra. Todavia, a maioria dos autores escreve pela necessidade de comunicar -se, ficando imensamente feliz ao concluir seu trabalho, ao publicá-lo e ao ver a obra ser lida. A maioria dos autores crê que seu esforço se conclui com o encerramento da obra intelectual. Portanto, não estamos "preparados espiritualmente" para a parte de relações públicas e comercial.

Considerações Finais:

Agradeço a oportunidade e o espaço.

Acabei de lançar o sétimo (INVERNO DE UM ANJO) livro da série, 'Inverno de Um Anjo' e já estou escrevendo o oitavo 'Adega'.

Gosto muito da Saga e fico imensamente feliz com os elogios que ela vem merecendo,  desde o mais modesto leitor ao leitor contumaz. 

Forte abraço e continue nesse incentivando a leitura e os escritores.