Ministério da Economia Propõe Extinção da Meia Entrada Nos Cinemas
Mais uma proposta absurda do Ministério da Economia. Dessa vez, a proposta absurda é de acabar com a meia entrada nos cinemas.
A ANCINE (Agência Nacional do Cinema) abriu uma consulta pública sobre a influência da obrigatoriedade legal de meia-entrada sobre o mercado exibidor brasileiro. Os resultados dessa consulta pública, a princípio, seriam enviadas até dia 13 de julho, mas foram prorrogadas até dia 13 de agosto de 2020.
De acordo com estudo do órgão, cerca de 80% dos ingressos de cinema vendidos em 2019 foram meia entrada (59,75% legal, 17,27% promocionais e 2,34% cortesias).
A ANCINE alega que os altos preços dos ingressos são para compensar o grande acesso à meia entrada.
O Ministério da Economia se pronunciou sobre o assunto e disse que propõe a extinção das regras que garantem a meia entrada.
As leis federais, hoje em dia, garantem a meia-entrada para estudantes, jovens de baixa renda, pessoas com deficiência e idosos, já as leis estaduais e municipais ampliam o benefício para outros grupos em algumas localidades.
O secretário de Defesa do Consumidor e diretor do Procon-SP, Fernando Capez se posicionou contra a proposta e fez um alerta: “Isso é retirar um direito consolidado do consumidor. Não há nenhuma garantia de que isso vai resultar em ingressos mais baratos”.
OPINIÃO
O governo que propõe uma redação do Enem sobre a democratização do cinema no Brasil, agora faz uma proposta para diminuir direitos que garantem que mais pessoas tenham acesso a cinemas. Além de uma grande hipocrisia, isso também é um absurdo se levarmos em consideração o preço dos ingressos e a renda média dos brasileiros. Em uma pesquisa realizada pelo Business Insider, site americano de notícias comerciais, o preço do ingresso de cinema no Brasil varia entre R$28,61 e R$31,58, ocupando as posições 34° (São Paulo) e 36° (Rio de Janeiro) no ranking de preços dos ingressos no mundo. Se levarmos em consideração que 10,4 milhões de pessoas sobrevivem com apenas 51 reais por mês, isso equivale a 5% da população do país. (fonte: noticias.r7.com).
Essa proposta descabida do Ministério fará com que diminua ainda mais o acesso de pessoas de baixa renda aos cinemas do Brasil.
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