[CRÍTICA] Shang-Chi: O Verdadeiro Início da Fase 4 Nos Cinemas
Shang-Chi, um jovem chinês, é criado, após uma grande perda, pelo seu pai. Cansado da vida que levava, porém, ele decide fugir. Acabando por descobrir que seu pai não é uma boa pessoa, é forçado a se rebelar.
O filme é bom? Com muita felicidade em meu coração, eu digo: o filme é muito bom. Ele é uma maravilhosa combinação de lutas, humor, personagens cativantes e bons vilões. Dessa forma, fica difícil não ser bom. No entanto, se você espera um filme revolucionário, provavelmente não gostará. Aliás, ele é um típico filme da Marvel e com uma trama bem simplória e comum – a famosa jornada do herói está claramente presente. Ainda assim, ele consegue ser, na minha opinião, o melhor filme da Marvel desde ‘Vingadores: Ultimato’ – apesar de ser tão típico, ele consegue surpreender e criar uma origem diferente das que conhecemos. Aqui, o Shang-Chi já conhece parte de seus potenciais.
As lutas são realmente boas? Confesso que, quando anunciaram um filme de um super-herói chinês que luta artes marciais, eu fiquei com muito medo. Ora, todos sabem que as cenas de lutas não são o maior forte da Marvel: em maior parte, os filmes têm cortes rápidos, sem muita emoção, e nem conseguimos ver os rostos dos atores. Claro, há exceções – como em ‘Capitão América e o Soldado Invernal’. Felizmente, Shang-Chi se tornou mais uma exceção. Sabe aqueles filmes que você nem respira, para não perder trechos de uma luta, de tão bonita e bem coreografada? Então, Shang-Chi é um desses. Nesse sentido, o filme nos presenteia com intensas e mágicas cenas de ação. Durante a sessão, me lembrei muito de vários filmes como ‘O Tigre e o Dragão’ e ‘Arrebentando em Nova York’.
Os novos personagens: quando eu saí da sessão de Ultimato, em 2019, pensei “Ok, acabou uma fase. Agora, como eles vão criar personagens tão marcantes para o futuro?”. Bom, meus amigos, eu sinceramente não sei como, mas a Marvel definitivamente tem um dom para criar personagens cativantes, profundos e por quem nós nos apegamos. Isso acontece da mesma forma aqui – com pouco mais de 2h de filme, me apaixonei por vários personagens e, dentre eles, três serão importantes para o futuro da Marvel. No entanto, o estúdio não é o único responsável por isso, pois as atuações são magníficas. O ator Simu Liu, que interpreta o protagonista, é incrível – e estou encantado demais pela sua atuação. Além dele, outros destaques são Awkwafina e Meng’er Zhang que, respectivamente, dão vida à melhor amiga e à irmã afastada de Shang-Chi. Como todo bom filme, esse tem um vilão magnífico, com Tony Leung nos fornecendo um maravilhoso Mandarim.
Humor: não vou me alongar muito nessa parte, pois o foco do humor está muito em um spoiler maravilhoso e MUITO engraçado do filme. Na verdade, eu não lembro de ter assistido a um filme tão engraçado da Marvel – talvez o último tenha sido ‘Homem Formiga e a Vespa’. Do início ao fim, em vários momentos, dei gargalhadas completamente genuínas.
O filme é perfeito? A resposta é simples: não. Além de uma trama simples, a história do filme parece se passar em poucos dias ou semanas. Assim, ele fica parecendo um episódio de TV. Porém, na minha opinião, esse não foi o maior problema – e sim a forma como os personagens evoluem muito em pouco tempo. Uma personagem adquire uma habilidade extremamente difícil com apenas um dia de treinamento; o protagonista já inicia o filme forte, mas termina absurdamente poderoso. Mesmo assim, não foi algo que me incomodou muito, porque o filme tem... dragões. Todo mundo ama dragões, e não sou diferente. Outra surpresa deliciosa dos filmes foi a criação de um universo fantástico da Marvel com forte inspiração na mitologia chinesa – não vou dar spoilers, mas é algo muito legal.
Enfim, Shang-Chi é mais um ótimo filme da Marvel que mistura boas cenas de ação, personagens cativantes e um bom vilão. Além de, é claro, uma pitada da famosa fórmula Marvel. Eu sei que quero assistir novamente, pois é um espetáculo visual e, talvez, um dos melhores filmes de introdução do estúdio. O MCU acerta novamente.
Revisado por: Stella Maya de Amorim
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