Capitão América e o Soldado Invernal: Uma Série Importante
Em Harry Potter, há uma frase memorável que é perfeita para mostrar uma das relevantes mensagens desta nova série da Marvel: “O Mundo não se divide em pessoas boas e más. Todos temos luz e trevas dentro de nós. O que importa é o lado o qual decidimos agir. Isso é o que realmente somos.” Dita por Sirius Black, a célebre frase resume muito bem um dos muitos conflitos de ‘Falcão e o Soldado Invernal’. Todos os conflitos se encaixam muito bem nesse último capítulo, formando uma série coesa, bonita e importante. Essa nova produção da Disney mostra que, em nosso mundo, a divisão de bem e mal é extremamente complexa – é muito mais que preto no branco, são escalas de cinza.
Em determinado ponto, mais para o meio do episódio, fica realmente difícil torcer para o lado “bom” e querer a derrota do lado “ruim”, pois, apesar de a série apresentar ótimos antagonistas, os objetivos deles são válidos e merecem destaque. Não satisfeita com essa mensagem crucial – e complexa –, a série caminha para um lado de outras mensagens necessárias para todo o mundo – e temos um exemplo bem recente desse assunto, pois há alguns dias o policial que matou o homem negro George Floyd foi condenado por isso. O novo capítulo de ‘Falcão e o Soldado Inverna’ aborda de maneira esplêndida e clara o racimo no mundo e principalmente nos Estados Unidos.
O episódio foi emocionante do início ao fim, mas há duas cenas específicas que eu não conseguia parar de chorar, duas cenas que me tocaram de maneira profunda e forte. São elas: a primeira aparição de Sam Wilson com o maravilhoso – e perfeito – traje de Capitão América com o escudo; e a cena na qual Sam mostra a Isaiah Bradley um Memorial em sua homenagem. Foram dois momentos emocionantes e com mensagens impactantes. Eu amo cinema e todas as outras maneiras artísticas de expressão exatamente por isso: elas conseguem, simultaneamente, nos comover, ensinar e divertir.
Além das mensagens lindas, ficou claro – ao menos para mim – que essa série está muito longe de chagar de fato ao fim. Na minha visão, há muitas coisas para serem desenvolvidas. Além do novo Capitão América, há a apresentação e o nascimento, de fato, de John Walker como Agente Americano, em seu traje preto. Ainda há o Torres que, no último episódio, recebeu as asas da antiga armadura do Falcão, deixando, assim, uma ponta solta para um possível novo Falcão – quem sabe, não é? Muitas outras coisas serão, com certeza, abordadas em mais uma temporada ou em outras produções da Marvel – como o Mercador do Poder e a Val, ou melhor, Valentina Allegra de Fontaine.
Esse novo capítulo, especificamente, encerra majestosamente a série: com lutas magníficas, diálogos extremamente necessários – para a trama e para nós –, efeitos e figurinos incríveis – destaque para o novo traje do Capitão América, que me deixou todo arrepiado. Além de finalizar perfeitamente, ele fornece o vislumbre do futuro da Marvel. A cena pós-créditos não fornece informações grandiosas para tal futuro, mas deixa clara a possibilidade de uma nova temporada.
E, assim, com mensagens úteis, atrizes e atores perfeitos, antagonistas complexos e efeitos especiais de aguçar nossos sentidos, ‘Capitão América e o Soldado Invernal’ – o nome correto dessa série – nos entrega um verdadeiro e tocante espetáculo. Fico na torcida para uma nova temporada – com maior destaque no Torres. Apesar de aparecer muito pouco nos episódios, ele esbanja carisma e eu já o amo – além do roteiro, um dos motivos disso é o ator que, com certeza, terá um futuro brilhante no MCU. Novamente a Marvel nos trouxe entretenimento de qualidade, e torço para que as próximas séries sejam tão boas quanto essa e WandaVision. A próxima da Marvel será Loki e, pelos trailers, parece que será grandiosa e diferente – mas, de qualquer forma, estaremos sempre aqui para comentar e debater.
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